Estima-se que em todo o mundo existam mais de 850 milhões de pessoas vivendo com Doença Renal Crônica (DRC), o que é o dobro do número estimado de pessoas com diabetes e mais de 20 vezes o número estimado de pessoas com HIV (AIDS). A DRC impede que os rins de uma pessoa filtrem automaticamente os resíduos do sangue e atualmente é tratada por um processo longo e cansativo chamado diálise, que deve ser feita várias vezes por semana e exige que o paciente fique de três a cinco horas imobilizado durante cada sessão, quatro a sete vezes por semana. Além disso, estima-se que cerca de 90% das pessoas que sofrem de DRC passam metade de sua vida restante conectadas a máquinas de diálise e indo e voltando das clínicas onde as unidades estão localizadas. A experiência geral é refletida por uma diminuição acentuada na qualidade de vida dos pacientes que fazem diálise.
Para mitigar e reduzir a carga física e emocional e o custo da diálise, uma empresa israelense liberDi, com sede em Or Akiva, desenvolveu um completo sistema de autocuidado em diálise domiciliar, que pode ser monitorado remotamente pelos médicos do paciente durante o uso. A equipe de cientistas, engenheiros e especialistas em nefrologia (rins) da empresa desenvolveu um completo sistema que é de fácil manejo e que permite que os pacientes que atualmente necessitam de atendimento regular em clínica possam realizar a diálise em casa.
O sistema premiado da empresa já recebeu aprovação regulatória da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e está programado para ser lançado em breve para pacientes nos Estados Unidos e em Israel. O sistema é mais barato e menos invasivo e tem menor taxa de infecção do que a diálise tradicional, pois é projetado para controlar todo o processo, incluindo monitoramento, incluindo troca de fluidos e até desinfecção do cateter. Todo o processo também leva apenas cerca de 20 a 25 minutos por sessão, em oposição aos tradicionais 60 a 90 minutos, além de eliminar o tempo de deslocamento de ir e vir para as clínicas. Por fim, o processo é mais fácil para o corpo, por ser livre de agulhas e de bolsas, além de não afetar a pressão arterial do paciente como a hemodiálise regular faz.
Ensaios clínicos em Israel mostraram a segurança e a eficácia do sistema, incluindo a curva de aprendizado muito curta necessária para usá-lo e pode até ser usado por pessoas com deficiência visual. Com a conexão digital do celular, médicos e enfermeiras podem monitorar remotamente o que está acontecendo em tempo real e receber todos os dados via internet garantindo a eficácia do tratamento recebido.
Mais uma vez, empresas israelenses como a liberDi mostram como a nação iniciante avança para ajudar o mundo!
Fonte: Israel21C