A água é um bem extremamente valioso em todo o mundo e está se tornando cada vez mais importante à medida que os padrões climáticos globais continuam a evoluir. Estima-se que aproximadamente 4 bilhões de indivíduos ao redor do globo vivam em condições de escassez severa de água durante pelo menos 1 mês a cada ano. Independentemente de um país possuir fontes suficientes de água doce ou salgada, o acesso a água potável é essencial para a sobrevivência das pessoas e das nações. Israel, antes considerado um dos países com significativa escassez de água, que frequentemente sofria com as secas, transformou-se, surpreendentemente, em uma potência hídrica, gerando água limpa o bastante para, inclusive, exportar o seu excedente para países vizinhos que necessitam, como a Jordânia, por exemplo, que não tem um acesso direto ao mar.
Como Israel conseguiu realizar esse “milagre”? A resposta está na inovação tecnológica, especificamente na dessalinização, que é a remoção de sal da água do mar, tornando-a potável para seres humanos e para animais. Essa habilidade especial de aproveitar a tecnologia permitiu o florescimento do deserto em Israel, ao garantir o fornecimento adequado de água para seus cidadãos, animais e indústria.
No entanto, há uma desvantagem na dessalinização e as pesquisas locais confirmaram isso, ou seja, a água dessalinizada é muito carente dos minerais vitais necessários para a saúde humana. Os estudos realizados pelas Organizações de Manutenção da Saúde de Israel, iniciados 6 anos antes da introdução da água dessalinizada e que continuaram por mais 6 anos, constataram um aumento no número de casos de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e de ataques cardíacos.
Para corrigir essa alarmante problemática, diferentes empresas israelenses têm enfrentado a questão. Uma delas, a Mayu, uma startup localizada no norte de Israel, adotou uma abordagem que envolve múltiplas etapas. A mais importante tem por objetivo reintroduzir minerais relevantes para a saúde na água potável produzida, incluindo eletrólitos. O revolucionário dispositivo de filtragem da empresa inclui 3 etapas: A purificação por filtragem, a aeração, onde os níveis de oxigênio são equilibrados, e a mineralização, que inclui a adição controlada de minerais à água. O primeiro produto da empresa, o Mayu Swirl, utiliza a aeração para aumentar os níveis de oxigênio na água, semelhantes aos encontrados quando águas naturais estão em movimento, e de certa forma é semelhante ao aparelho que produz bolhas de oxigênio em um aquário.
Importa saber que os dispositivos de dessalinização e até mesmo os produtos de filtração por osmose reversa, há muito considerados “padrão ouro” em purificação de água, removem todos os minerais benéficos em conjunto com os contaminantes, resultando em uma qualidade muito inferior da água. O Swirl, em essência, “corrige” essa água de qualidade inferior, e já foi vendido para 30.000 clientes em 70 países, desde Abu Dhabi até as Filipinas.
De acordo com dados fornecidos pela empresa, uma vantagem adicional do uso de seu sistema é diminuir nossa dependência de garrafas plásticas. Para se ter uma ideia, apenas os americanos compram 74 bilhões de garrafas de água por ano, o que representa uma tremenda fonte de poluição. Seus planos futuros incluem a expansão para a África, onde inúmeras pessoas não têm acesso algum a água potável de qualidade. No momento, há muito pouca concorrência direta e a empresa está planejando lançar o Swirl 2, uma máquina que automatiza o processo de remineralização. Estamos diante de mais um passo para ajudar a tornar o nosso mundo mais saudável para todos, graças a participação do conhecimento israelense.
Fonte: Israel21C.
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